Esses autores e as suas complexidades ..

            Bom eu[Ana] criei essa página,pelo simples motivo de que,os alunos da minha sala estão apresentando trabalhos sobre autores,e como em muitos,pra não dizer todos,eu estava olhando pra cara da pessoa e a minha cabeça estava em outro lugar,e como em casa eu passo mais tempo em blogs do que estudando,eu resolvi usar o blog para estudar então eu vou meio que pesquisar sobre o que os meus 'coleguinhas' disseram em classe e o que o meu professor lindo maravilhoso perfeito[puxa-saquisse mode on] disse e que eu anotei e postar aqui...seguindo pelo que tá no meu caderno .-.
Então começando ...
Mario de Miranda Quintana

Bom,falaram e falaram desse cara na sala,maaaas,eu continuo só sabendo o nome dele e olha que eu prestei atenção,imagina se eu não tivesse prestado ? Agora eu nem ao menos o nome dele eu saberia.Bom vamos a ele : Mario Quintana 
(As meninas que apresentaram sobre ele deixaram algumas coisas no blog delas quem quiser ver : clica aqui)

Mario Quintana nasceu em : 30 de junho de 1906 em Alegrete,Porto Alegre.
Morreu em 5 de maio de 1994 aos 87 anos em Porto alegre


Foi considerado o 'poeta das coisas simples'com um estilo marcado pela ironia, pela profundidade e pela perfeição técnica,Ele não se casou,e viveu toda a vida em hoteís.E as suas relações com a ABL (Academia Brasileira de Letras) não eram as melhores,O poeta tentou por três vezes uma vaga à Academia Brasileira de Letras, mas em nenhuma das ocasiões foi eleito; as razões eleitorais da instituição não lhe permitiram alcançar os vinte votos necessários para ter direito a uma cadeira. Ao ser convidado a candidatar-se uma quarta vez, e mesmo com a promessa de unanimidade em torno de seu nome, o poeta recusou.
Uma cronologia pro Mario também,afinal o cara saiu de além túmulo pra ir contar sobre si na sala e ninguém prestar atenção,ele merece.


1906 - Nasce Mario Quintana na noite muito fria de 30 de julho, na cidade de Alegrete, Rio Grande do Sul.
1913 - Aprende a ler no Jornal Correio do Povo. Aprende noções de francês com seus pais.
1914
 - Freqüenta a Escola Elementar mista de Dona Mimi Contino.
1915 - Passa a freqüentar a escola do mestre português Antônio Cabral Beirão, ali concluindo o curso primário.
1919 - Ë matriculado no Colégio Militar de Porto Alegre, em regime de internato. Publica suas suas primeiras
produções literárias na revista Hyloea, órgão da Sociedade Cívica e Literária dos alunos do Colégio.
1924 - Deixa o Colégio Militar. Emprega-se na Livraria do Globo, trabalhando com Mansueto Bernardi durante três meses .
1925 - Retorna a Alegrete, passando a trabalhar na farmácia de seu pai.
1926
 - Morre sua mãe. Ë premiado em um concurso de contos do jornal Diário de Notícias de Porto Alegre com o trabalho A Sétima Personagem.
1927 - Morre seu pai. Tem um poema seu publicado no Rio de Janeiro, por iniciativa do cronista Alvaro Moreyra, na revista dirigida por este, Para Todos.
1929 - Ingressa na redação do jornal O Estado do Rio Grande, dirigido por Raul Pilla, em Porto Alegre.
1930 - Inicia a colaboração para a Revista do Globo. Alista-se como voluntário do Sétimo Batalhão de Caçadores de Porto Alegre, partindo para seis meses no Rio de janeiro.
1931 - Regressa a Porto Alegre e à redação de O Estado do Rio Grande.
1934 - Tem sua primeira tradução publicada: Palavras e Sangue, de Giovanni Papini, pela Editora Globo. Começa a traduzir efetivamente para a Editora Globo. Traduz, entre outros autores: Fred Marsyat, Alessandro Varaldo, Emil Ludwig, Lin Yutang, Charles Morgan, Marcel Proust, Virginia Woolf.
1953 - Publicação de Inéditos e Esparsos, Editora Cadernos de Extremo Sul, Alegrete. Ingressa no jornal Correio do Povo, onde passa a publicar Do Caderno H, até 1967.
1967 - Recebe o Título de Cidadão Honorário de Porto Alegre, conferido pela Câmara de Veredores, ocasião em que profere as seguintes palavras: "Antes ser poeta era um agravante, depois passou a ser uma atenuante, mas diante disso, vejo que ser poeta é agora uma credencial." Passa a publicar Do Caderno H no Caderno de Sábado do Correio do Povo, até 1980.

1968
 - Poeta é homenageado pela Prefeitura de sua terra natal com placa em bronze na praça principal de cidade, onde estão inscritas as suas palavras: "Um engano em bronze é um engano eterno." Morre seu irmão mais velho, Milton

1973
 - Publicação Do Caderno H, coletânea selecionada pelo autor, pela Editora Globo. A respeito, diz Paulo Rónai: "Espetáculo da melhor prosa que se escreve entre nós, provam a utilidade da poesia e dos poetas.’


1976
 - Ao completar setenta anos de idade , recebe inúmeras homenagens. Entre elas, recebe a medalha Negrinho do Pastoreio, do Governo do Estado do Rio Grande do Sul. Publicação de Apontamentos de História Sobrenatural, poesia, pelo Instituto Estadual do Livro/DAC/SEC e Editora Globo. Publicação de Quintanares, edição - brinde de Poesias, distribuída pela MPM.
1980 - Publicaçào de Esconderijos do Tempo, pela L & PM Editores. Recebe o Prêmio Machado de Assis, da Academia Brasileira de Letras, pelo conjunto de suas obras literárias, no dia 17 de julho.

1981 - Participa da Jornada de Literatura Sul - Rio-Grandense em Passo Fundo, organizada pela Universidade de Passo Fundo e 7o Delegacia de Educação. É homenageado, com Josué Guimarães e Deonísio da Silva, pela Câmara de Indústria, Comércio, Agropecuária e Serviços de Passo Fundo. Cerca de duzentas crianças entregaram botões de rosa e cravos a Mario Quintana. Recomeça a publicar Do Caderno H, agora no Caderno Letras & Livros do Correio do Povo, até 1984, quando o jornal encerra temporariamente suas atividades. Publicação de Nova Antologia Poética, pela CODECRI, Rio de Janeiro.

1982 - No dia 29 de outubro recebe o título de Doutor Honoris Causa, concedido pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, em cerimônia realizada no salão de festas da Reitoria da Universidade.
1983 - Através de lei promulgada em 8 de julho de 1983, após aprovação por unanimidade na Assembléia Legislativa, da proposta do deputado Ruy Carlos Ostermann, o prédio do antigo Hotel Majestic, tombado como patrimônio histórico do Estado, em 1982, passa a denominar-se Casa de Cultura Mario Quintana. Desse hotel Quintana foi hóspede de 1968 a 1980.
1990 - Lançamento de Velório sem Defunto, poemas inéditos, pelo Mercado Aberto, Porto Alegre.
1992 - A Editora da UFRGS reedita, em edição comemorativa aos 50 anos da primeira publicação, A Rua dos Cataventos. 
1994 - Falece no dia 5 de maio.


[Bom,não preciso dizer que eu retirei algumas coisas da cronologia não é mesmo ?Tinha tanta data de publicação que eu acabei considerando irrelevante]



Fernando Antônio Nogueira Pessoa


Nascido em : 13 de junho de 1888-Lisboa-Portugal
Bateu com as bostas em : 30 de novembro de 1935 aos 47 anos em Lisboa
Poeta e Escritor português.
Teve a sua infância e a sua adolescência marcada por fatos,um tanto fortes pra idade dele,tinha 5 anos quando seu pai morreu,e logo depois seu irmão também morreu,e com isso a familia [o que sobra né ?] tem de vendar parte da casa,e mobilia e tals,e acabam mudando-se para um lugar mais simples,onde surge o primeiro heterônimo Chevalier de Pas.A mãe se casou novamente quando tinha sete anos,e ele vai morar na Africa do Sul,ou seja ela falava duas línguas já muito novo.Ele participou do movimento literário Modernismo[coisa que eu também irei pesquisar,pois não prestei atenção nas aulas de artes]
E a cronologia de Fernando Pessoa-Pelo nossa amado wikipédia [eu retirei algumas muitas coisas dessa cronologia,que eu considerei irrelevante]
1888: Fernando António Nogueira Pessoa nasce, a 13 de Junho. É batizado em Julho.
1893: Em Janeiro, nasce seu irmão Jorge. A 13 de Julho, o pai morre, de tuberculose. A família é obrigada a leiloar parte dos bens.
1894: O irmão de Fernando, Jorge, morre em Janeiro. Pessoa cria o seu primeiro heterônimo. O futuro padrasto, João Miguel Rosa, é nomeado cônsul interino em Durban, na África do Sul.
1895: Em Julho, Fernando escreve o seu primeiro poema e João Miguel Rosa parte para Durban.
1896: Em 7 de Janeiro, é concedido o passaporte à mãe, e a família parte para Durban.
1899: Ingressa na Durban High School em Abril. Cria o pseudónimo Alexander Search.
1900:  Em Junho, Pessoa passa para a Form III e é premiado em francês.
1901: Em Junho, é aprovado no exame da Cape School High Examination e Fernando começa a escrever as primeiras poesias em inglês. Em Agosto,
1903: Submete-se ao exame de admissão à Universidade do Cabo, tirando a melhor nota no ensaio em inglês e ganhando assim o Prémio Rainha Vitória.
1904:  em Dezembro termina os estudos na África do Sul.
1905: Parte definitivamente para Lisboa, onde passa a viver com a avó Dionísia. Continua a escrever poemas em inglês.
1906: Matricula-se, em Outubro, no Curso Superior de Letras.
1907: . Desiste do Curso Superior de Letras.. Durante um curto período, Pessoa estabelece uma tipografia.
1908: Começa a trabalhar como correspondente estrangeiro em escritórios comerciais.
1910: Escreve poesia e prosa em português, inglês e francês.
1912: Publica na revista Águia o seu primeiro artigo de crítica literária. Idealiza Ricardo Reis.
1913: Intensa produção literária. Escreve O Marinheiro.
1914: Cria os heterônimos Álvaro de Campos, Ricardo Reis e Alberto Caeiro. Escreve os poemas de O Guardador de Rebanhos e também o Livro do Desassossego.
1915: Sai em Março o primeiro número de Orpheu. Pessoa "mata" Alberto Caeiro.
1918: Publica poemas em inglês, resenhados com destaque no "Times".
1920: Conhece Ofélia Queiroz.. Em Outubro, atravessa uma grande depressão, que o leva a pensar em internar-se numa casa de saúde. Rompe com Ofélia.
1921: Funda a editora Olisipo, onde publica poemas em inglês.
1924: Aparece a revista "Atena", dirigida por Fernando Pessoa e Ruy Vaz.
1925: A 17 de Março, morre, em Lisboa, a mãe do poeta.
1926: Dirige com seu cunhado a "Revista de Comércio e Contabilidade". Requer patente de uma invenção sua.
1927: Passa a colaborar com a revista Presença.
1934: Publica Mensagem.
1935: Em 29 de Novembro, é internado com o diagnóstico de cólica hepática. Morre no dia 30.


LISBON REVISITED (a data me confundiu em alguns lugares está 1923 e em outros 1926 se alguém souber a data certa mande .-.) Álvaro de Campos (Heterônimo)

Não: não quero nada.
Já disse que não quero nada.

Não me venham com conclusões!
A única conclusão é morrer.

Não me tragam estéticas!
Não me falem em moral!
Tirem-me daqui a metafisica!
Não me apregoem sistemas completos, não me enfileirem conquistas
Das ciências (das ciências, Deus meu, das ciências!) ­
Das ciências, das artes, da civilização moderna!

Que mal fiz eu aos deuses todos?

Se têm a verdade, guardem-na!

Sou um técnico, mas tenho técnica só dentro da técnica.
Fora disso sou doido, com todo o direito a sê-lo.
Com todo o direito a sê-lo, ouviram?

Não me macem, por amor de Deus!

Queriam-me casado, fútil, quotidiano e tributável?
Queriam-me o contrário disto, o contrário de qualquer coisa?
Se eu fosse outra pessoa, fazia-lhes, a todos, a vontade.
Assim, como sou, tenham paciência!
Vão para o diabo sem mim,
Ou deixem-me ir sozinho para o diabo!
Para que havemos de ir juntos?

Não me peguem no braço!
Não gosto que me peguem no braço. Quero ser sozinho.
Já disse que sou sozinho!
Ah, que maçada quererem que eu seja de companhia!

Ó céu azul ­ o mesmo da minha infância ­,
Eterna verdade vazia e perfeita!
Ó macio Tejo ancestral e mudo,
Pequena verdade onde o céu se reflecte!

Ó mágoa revisitada, Lisboa de outrora de hoje!
Nada me dais, nada me tirais, nada sois que eu me sinta.
Deixem-me em paz! Não tardo, que eu nunca tardo...
E enquanto tarda o Abismo e o Silêncio quero estar sozinho!

[(Heterônimo:é uma personalidade poética na qual um artista é criado dentro de um artista,independentes entre si)